Tecnologia do Prazer: do que é feito um Sex Toy?

Muita imaginação, é claro. O resto, que envolve a realização de um desejo, é muita transpiração, variados testes e pesquisas para chegar a um protótipo perfeito. Geralmente um brinquedo sexual nasce como todos os outros objetos criados pelo ser humano: para responder a uma necessidade. São tantos modelos variados, tecnologias diferentes que a gente nem imagina que exista, além de texturas e materiais diversos.
Artefatos históricos encontrados pelos arqueólogos deixaram uma pista de que os acessórios eróticos são tão antigos entre nós como são as armas de caça e a cerâmica para transporte de alimentos. As próteses penianas em geral, dependendo da época em que foram feitos e o estado de conservação dos que foram encontrados, eram talhados em madeira ou em rochas lisas, ou ainda feitos de couro. Há registros de anéis penianos entre os chineses feitos de olhos de cabras. E recentemente em uma exposição dos Guerreiros de Terracota em Nova York foram mostrados o que poderiam ser, capas penianas forjadas em metal.
A invenção do vibrador coincidiu com a Revolução Industrial não por acaso: as tecnologias utilizando vapor, depois mecânica, eletricidade e baterias químicas portáteis foram fundamentais para o desenvolvimento de um acessório interativo. A era digital não tem deixado por menos: chips, wireless e revestimentos cada vez mais seguros, alguns muito próximos da pele humana, herdadas da robótica e outros tão futuristas desenvolvidos pela NASA, levam o prazer humano a outros patamares, uma experiência sensorial até então única: o sexo tecnológico.

O Cyberskin é um dos melhores exemplos. Foi inventado pela NASA e introduzido no mercado erótico na década de 70, para reproduzir a pele humana em próteses penianas e vaginais, bonecas infláveis e realdolls. Na composição química do cyberskin, os átomos se ligam com elasticidade. Isso significa que a memória atômica do cyberskin permite que o produto seja maleável, exatamente como a pele humana, e ainda recupera seu formato original instantaneamente. Produtos fabricados com Cyberskin são criados para manter seu formato por muito mais tempo. 

 O ABS, tão utilizado em construção civil e peças que substituem os vidros, como tampas de microondas é outro polímero super bem vindo entre os sextoys. É o chamado soft touch, tão na moda ultimamente por ter um toque aveludado muito feminino e elegante, é resistente à água, permitindo ainda cores incríveis e o melhor: consegue isolar o barulho dos motores dos vibros e estimuladores. Além de serem, no caso dos vibradores, um produto atoxico.

Já o PCV, ou o mais conhecido Vinil, dá corpo boa parte dos sextoys, talvez porque também é o material mais utilizado para brinquedos infantis. O que quer dizer que ele é muito seguro. É o PVC por exemplo que dá corpo aos Jack Rabbits, proporcionando texturas diferenciadas e resistindo maleavelmente ao movimento de rotação com firmeza.

Boa parte do sucesso dos masturbadores e vibradores TENGA e EVOLVED é o material utilizado: o silicone. O Silicone é um polímero semi-orgânico, muito estável (o que permite definir as linhas das texturas por muito mais tempo) e que repele a água (o que facilita a utilização e a higienização, aumentando a vida útil do produto). Além disso, o silicone tem uma estreita estrutura molecular que facilita a retenção de calor, o que proporciona um equilíbrio com a temperatura corporal durante o uso, ou antes pode ser aquecido no chuveiro ou em água morna para sensações mais calientes. O silicone é liso e não poroso, portanto de fácil limpeza e muito seguro. Única recomendação importante é que se faça uso com lubrificantes e outros cosméticos à base de água. Óleos minerais acabam com o silicone.

E ainda tem os mastubadores de vidro, que podem ser colocados no freezer ou no microondas, proporcionando sensações bem diferentes, além da facil higienização. 

Fonte: http://www.blogadaoeeva.com.br/2012/09/tecnologia-do-prazer-do-que-e-feito-um-sextoy/